Quando casámos, comprámos uma lambreta LML verde, de fabrico indiano e estilo vintage. Aliás, ofereceram-nos a mota, foi uma "vaquinha" entre vários amigos. A surpresa para todos, pais e sogros incluídos, foi a mota estar já à nossa espera à saída da igreja e ter-nos levado para o copo de água. Só por isso, ganhou logo um lugar especial na história! Começou, portanto, por ser uma mota amorosa.
Passados três anos e meio, e apesar do acidente, continua a ser um prazer guiá-la todos os dias, faça sol ou faça chuva, de Entrecampos até à Baixa, e onde mais a vida nos leva. Tem sido mais a mim do que a nós, porque gravidez e maternidade não ligam bem com motas.
Às vezes, nos semáforos, perguntam-me se a mota é antiga e explico que não, que foi comprada nova há pouco, mas que segue o molde da Vespa PX, que existe desde 1977 (a fábrica indiana teve uma parceria com a Piaggio até 1999, daí as afinidades e acessórios intercambiáveis).
Outras vezes, a coisa tem ainda mais piada. Uma vez, no Chiado, uma equipa da RTP pediu-me para fazer uns takes da mota, para encaixar numa reportagem sobre a zona. E agora tornou-se estrela fotográfica!
Por baixo do MSV são os escritórios da Glam, uma agência de celebridades com quem temos tido uma óptima relação: alguns famosos agenciados pela Glam têm dado a cara pelas nossas campanhas e, de vez em quando, podemos retribuir esse favor. Hoje, quando saía do prédio para almoçar, estavam 4 jovens modelos de gabardine e um fotógrafo à procura do melhor cenário, e perguntaram-me: "Esta mota é sua?" Logo me dispus a pô-la na posição mais conveniente, e lá os deixei na sessão fotográfica. Fico à espera de ver o resultado! A nossa mota é mesmo glam-orosa!
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