quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Rock star

Há muitos, muitos anos, na frescura dos meus 6 aninhos, houve uma festa dos Escuteiros e fui cantar o "Efectivamente" dos GNR. Estava lançada uma carreira musical intermitente, que se revela uma vez em cada década.
O passo seguinte foi no Bar do Rugby, o lugar da moda de então entre os betos da Costa, suponho que em 1997. O bar lançou um concurso de karaoke, conseguiu algumas vedetas para o júri (Represas, Gonzo, Monchique...) e lá fui eu cantar o "Breakfast at Tiffany's" dos Deep Blue Something. Passei a eliminatória (o nível médio era fraquinho), mas na final fui cilindrado por boas vozes e lá foi a cantoria para a gaveta.
Passados mais 11 anos sabáticos, sem contar com coros de casamentos e karaokes esporádicos, surgiu nova oportunidade. O meu amigo Nuno Barata convocou-me para uma festa de anos conjunta (dele e minha), centrada na actuação de uma banda improvisada. Juntámos mais 4 amigos (guitarras, baixo e bateria), ensaiámos 2 horas num estúdio e tocámos no passado sábado, perante um público de 70 amigos. Por haver mãos mais competentes que as minhas nas teclas e na guitarra, lá fui eu para o microfone. De camisa preta e All Stars, armado em Tim.
Não foi o reportório que eu teria escolhido (esse teria um toque latino e músicas mais recentes), e faltou-me um pouco mais de à-vontade para falar entre canções, mas confesso... deu-me muita pica! Sentir a batida da bateria e o bordão do baixo por trás, e ver as caras sorridentes à frente é o máximo! E gostava de dar continuidade a isto...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Vinte e oito

Gosto de fazer anos. Tem muito de massagem no ego, de saber que se lembram de nós, mas não é só isso. É um dia de afectos mais à flor da pele, e isso vale muito. E é um dia propício a balanços, coisa que muito me apraz.
A primeira coisa que me vem à memória são os últimos 4 aniversários passados em Londres: ainda "anónimo" na residência, depois no apartamento de Mayford e o ano passado entre o churrasco de despedida no studio e o jantar indiano com o "núcleo duro".
E tanta coisa que mudou desde então... Viajei por 5 países da América do Sul e não há dia que não me lembre de um qualquer episódio desses 2 meses. Estive 6 meses a acompanhar a construção da Casa das Cores, que está prestes a ser inaugurada. Entrei para a Direcção do MSV. Estou há 5 meses a fazer consultoria para organizações sociais (planeamento estratégico, assim se chama). Passei a morar em Lisboa. E nesta semana surgiram 2 propostas de interesse que prometem dar algum trabalho nos próximos meses. Em termos de ocupação, não me posso queixar do regresso! E sinto que estou a ir na direcção certa.
Mas hoje é dia para festejar, e agradecer, todas as experiências e pessoas que encheram estes 28 anos. Não foi só a barriga a encher...

PS: já recebi parabéns de 12 países diferentes - reflexo dos amigos que foram para fora e dos amigos feitos em Londres que, como eu, já voltaram às suas terras.