segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Balanço de 2012

Ao percorrer os apontamentos e as fotografias que me ficaram de 2012, tenho muito a agradecer porque este ano, a nível pessoal, não teve nada a ver com o pessimismo dominante. É verdade que tive mais despesas e menos receitas do que no ano anterior, mas isso em nada impediu que o nível de felicidade tivesse sempre vindo a subir.

Muita dessa alegria se deve à nossa Luisinha, agora com 1 ano e 4 meses, e cada vez mais engraçada. Este ano foi baptizada, aprendeu a andar, disse as primeiras palavras (e já se explica muito bem), fez o seu baptismo de voo, encheu-se de dentes e entrou para o infantário. Apesar de a Maria fazer incomparavelmente mais do que eu, tenho a sorte de ficar responsável pelas manhãs - acordar, dar o leite, vestir e levar ao infantário - e de tomar conta dela quando a Maria trabalha ao fim-de-semana (uma realidade bastante frequente).

Continuei a trabalhar a tempo inteiro no MSV, como responsável pela comunicação e angariação de fundos; foi um ano bastante difícil, como podem calcular (por exemplo, em comparação com o ano passado, vendemos menos de metade das t-shirts), mas o trabalho persistente de uma grande equipa permitiu alcançar os resultados necessários. Continuei também a fazer a produção do programa de rádio Lusofonias, onde este ano entrevistámos pessoas tão interessantes como o guitarrista Fernando Alvim ou o cantor Carlos Alberto Moniz. Traduzi bastantes documentos para ONGs, em especial o Instituto Marquês Valle-Flôr, o que compensou a falta de pedidos de traduções para a Bertrand; ou seja, este ano não vi traduções minhas nas livrarias, mas aprendi muito sobre temas de Desenvolvimento.

Tive a sorte de passear bastante. Em Fevereiro fomos a Londres rever amigos e morrer de frio, em Maio fomos à Madeira a um casamento, em Julho ao Algarve com a família Albino, em Agosto à Terceira passar uma bela semana entre amigos, e em Setembro a Munique visitar primos e beber cerveja na Oktoberfest. Infelizmente falhámos um casamento de amigos Erasmus em Itália em Julho, por causa do meu acidente. Em Junho fui com 2 amigos à Ucrânia ver o Europeu de futebol e visitar o Vitaliy. Fomos ainda ao Porto, a Famalicão e a Coimbra.

Mas nem tudo foram rosas em 2012... A 25 de Junho estampei-me de mota, perto de Santa Apolónia. Foi o primeiro susto que tive na mota e meteu logo ambulância! Não ia depressa mas ultrapassei pela direita, e a brincadeira custou-me um dedo partido, duas operações e 5 meses de fisioterapia (and counting), sem grande esperança de vir a ficar com o movimento a 100%, mas felizmente não é nada que me impeça de fazer o que quer que seja. Bem mais grave foi o susto que um casal muito próximo de nós teve com a saúde de um dos filhos, mas graças a Deus terminamos o ano com perspectivas bem favoráveis, e o J. recuperou a sua energia e boa disposição. Ao longo do ano aumentou também o número de amigos sem emprego e fui acompanhando outros processos complicados.

Para aumentar a esperança, foi um ano com muitos bebés novos: o Francisco (Ana e André), a Mariana (Catalina e Pato), o João (Susana e Henrique), a Emilia (Elsa e Juan), a Natalia (Marianne e Roberto), o Martim (Hugo e Catarina), o Tomé (André e Isabel), a Pilar (Joana e Alex), o Domingos (Margarida e Nuno), o Francisco (Filipa e Christoph), o António (Inês e Nuno), a Maria Inês (Mafalda e André) e o Vicente (Maria Carlos e André). Ainda não conseguimos conhecer metade deles, mas quero suprir essa falha em 2013, incluindo os de mais longe!

E para terminar com uma miscelânea... Fiz muitas aulas de body combat mas abati pouco peso, ou nenhum. Fui ao concerto dos Resistência no Campo Pequeno, ao musical "1906" no Tivoli e ao musical "O Quadro" no São João de Brito. Fomos a dois Adegga Wine Markets. Fomos a dois casamentos e um baptizado. Comprei pela primeira vez o bilhete de época do Sporting, com o meu amigo Vasco, e está a ser uma desgraça; foi melhor assistir na época passada aos últimos jogos da Liga Europa, onde chegámos às meias-finais. Temos participado com os vizinhos Brandão-Cid num campeonato de quiz no café do nosso prédio, e vamos à frente! Fomos ao encontro anual dos Mesquita Guimarães e criei a newsletter mensal da família. Fizemos uma festa-picnic para comemorar os anos (no mesmo dia) da Maria e da Luisinha. A minha mãe festejou 70 anos e os avós da Maria 60 anos de casados. Continuei a visitar quinzenalmente um lar de idosos na Graça. No MSV, continuo num grupo de oração com bons amigos e fiz uma peregrinação de Pontével a Fátima. E assim se passou o ano...

Votos particulares para 2013? Paz na família, maior produção de escrita, um bom discernimento profissional e muita Fé! Vai ser um ano para nos ligarmos mais ao essencial, que é invisível aos olhos.
Um excelente 2013 para todos!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fitas

Tive de ser operado outra vez. O tendão que faz o dedo dobrar estava preso por um parafuso e fiz uma plástica (!!) para mo soltarem. Por coincidência (foi o que me apareceu pelo seguro), um médico conhecido da família da Maria.
Na primeira operação (ao osso), tive de ficar 6 semanas com o dedo imobilizado com tala e envolto em pensos, que me iam trocando no Centro de Saúde de Sete Rios. Em cada troca, eu fazia uma fita, ficava branco e acabava invariavelmente deitado na maca. Não que me doesse, era tudo da cabeça.
Desta vez foi tudo diferente. Fui operado à tarde, e na manhã seguinte estava no consultório do médico, que me deixou só uns pensos minúsculos e mandou mexer o dedo o mais possível. Passadas 2 semanas, fui lá hoje tirar os pontos, num instante, sem direito a mariquice. E assim me deixou, com uma cicatriz ensanguentada toda à mostra e a querer que eu aja como se lhe fosse indiferente.
Quero a minha mããããããeeee!!!

PS: a parte importante e que o dedo esta bem melhor, obrigado.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Transportes


No final de junho tive um acidente de mota. Mudei de faixa sem ver que vinha um jipe, os nossos espelhos rasparam, perdi o equilíbrio e deslizei uns metros pelo alcatrão. Resultado: dedo indicador esquerdo partido, com direito a operação para pôr placa e parafusos, e umas quantas feridas no braço e pé (o que dá andar sem blusão e sem meias).
Passados 3 meses, estou quase refeito. A exceção é o dedo que não dobra ainda por completo, o que tem obrigado a fisioterapia diária.
A mota foi arranjada, mas (mais por respeito a quem se assustou comigo) decidi não lhe pegar enquanto eu não estiver a 100%. Até porque não vou andar mais sem blusão, e com o calor que está não apetece.
Voltei à Carris e ao Metro, meus companheiros dos tempos de faculdade e de trabalhador-solteiro. Demoro mais do dobro nos percursos habituais e gasto o dobro por mês, mas tem as suas vantagens. Ando mais a pé, o que compensa a "baixa" no ginásio. Não tenho de carregar capacete e extras, apenas a leveza dos meus 90 quilinhos. Tenho uma maior base de análise sociológica, como só os transportes publicos permitem. E vou tentar aproveitar este tempo inútil e o Blackberry para ressuscitar este blogue!