quinta-feira, 31 de julho de 2014

Bodas de fruta

E mais um ano passou desde o melhor dia para casar! Daqui vai o nosso bem-haja ao grande Quim Barreiros, cuja música imortalizou a data e serve de lembrete a muitos dos que nos parabenizam neste dia. 

Foi há 4 anos! Fazíamos nesse dia 3 anos, 3 meses e 3 dias de namoro, descobri-o já a caminho da igreja (ainda a tempo de inspirar a homilia), e o 3 é o número que nos aponta à perfeição. E foi no dia de Santo Inácio de Loyola, um santo muito presente no nosso caminho e nas nossas amizades, que quisemos passar a amar e servir a dois. 

A presença de tantos amigos, muitos vindos de longe, a emocionada entrada na igreja, a saída de lambreta, a entrega dos nossos Óscares como agradecimento a alguns convidados, as surpresas do "Jai Ho" dançado em flash-mob e do vídeo que nos dedicaram, o baile animado pela noite dentro, são memórias que sempre nos hão-de acompanhar e que estão bem resumidas neste vídeo:
Actualizando a contabilidade do ano passado, das 200 pessoas que connosco partilharam aquele dia, nasceram entretanto 46 crianças e estão 7 para nascer, um registo fantástico! Não posso deixar de lembrar também a Mariela, que veio do Chile de propósito para o casamento (Óscar para a amiga que veio de mais longe) e que esteve em casa dos meus pais nas minhas últimas 48 horas de solteiro; foi a última vez que nos vimos. Para a mesma doença, a de sempre, perdemos este ano a Mariela e a Prof. Maria José Boavida, professora da Maria no curso de Biologia.

Dizem que os 4 anos de casamento são as bodas de fruta, flores ou cera. Inspirado na fruta, acordei a Maria com este pequeno-almoço, servido numa nova bandeja "frutada":

As nossas maiores flores são a Luisinha e o Manel, claro está! E a nossa melhor fotografia com eles vai passa hoje a estar na nossa sala, nesta tela:

Agora a cera... hum... bem, desejo que a nossa relação continue a ser construída com o cuidado laborioso das abelhas, para que na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, possamos sempre amar-nos, respeitar-nos e ser fiéis um ao outro, todos os dias da nossa vida; que mantenhamos a chama acesa, como uma vela que nunca apaga; e quanto à parte do futuro que não dominamos, nem devemos querer dominar... que cera, cera!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Atrás da Felicidade

A senhora que faz limpezas no sítio onde trabalho, um par de horas por semana, chama-se Felicidade. No resto do tempo, trabalha numa igreja ali perto.

Há dias, esqueci-me da chave, nenhum dos colegas estava por ali e alguém me sugeriu que fosse pedir as chaves à Felicidade. E eu bati à porta da igreja, à procura da Felicidade. E não pude deixar de me rir para dentro ao pensar nesta frase, que faz todo o sentido para um católico praticante.

Uma semana mais tarde, era dia de pagar à Felicidade, mas como nos esquecemos de lhe deixar o dinheiro, lá fui novamente à igreja para lho entregar. E logo pensei: ainda dizem que a Felicidade não tem preço...

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Está feita!

E pronto, já está! Com a colagem do n.º 466, o avançado iraniano Gholamreza Rezaei, dei por terminada a minha caderneta do Mundial! Yupi!
O objetivo foi alcançado graças a um método apurado: depois de esgotadas as trocas com os mais próximos, anexei os cromos repetidos do sobrinho e dum amigo, para gerar uma economia de escala; inscrevi-me neste e neste sites, que optimizam as trocas possíveis entre todos os utilizadores, e num grupo no Facebook, e daqui resultaram umas 20 trocas pelo correio. Umas horas antes da final do Mundial, tinha acabado de combinar a última troca, que me faria completar a colecção. Mas as cartas foram chegando e chegando, consegui os últimos cromos a vários amigos, mas nunca me chegou a carta com o último cromo... ou fui aldrabado, ou perdeu-se pelo caminho.

Era altura de usar um último recurso: os homens que trocam cromos à porta da estação do Rossio. Quase todos os dias passo lá de mota e andava a querer escapar-lhes, mas lá teve de ser. A fauna que por ali anda é, no mínimo, sinistra e são uns verdadeiros agiotas dos cromos! Trocam 4 por 1, não aceitam qualquer repetido (tem de ser dos "difíceis") e tentam à força vender em vez de trocar. Mas como eu tinha um molhão de repetidos e só me faltava um, o poder negocial estava do meu lado e lá consegui o 466 sem dificuldade.

E pronto, assim termina a saga dos cromos, dois meses depois de ter começado - sendo que só nas primeiras 2 semanas comprei carteirinhas, o resto foi tudo internet, CTT e listas em Excel e em papel, que a Maria já não podia ver à frente (e com razão!). Finalmente, pode agora respirar de alívio, que o futebol vai entrar de férias...

Ah não, espera lá, a época em Alvalade começa já na próxima semana, e lá estarei batido com o meu compadre Vasco!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Pas de deux

Se quem canta seus males espanta, quem dança espanta-os ainda mais! A entrar numa idade cada vez mais dengosa, a Luisinha gosta de nos puxar para dançar. Há dias pediu para dançar com o mano, eu acedi passar-lho para os braços e o resultado foi este:
E eu, embevecido, a imaginá-los amigos e cúmplices pela vida fora, a reverem este e outros vídeos. Já dizia o Fernando Castro, mentor das famílias numerosas, falecido este ano, com quem tive a sorte de privar um par de vezes: «Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão.» E pensar na quantidade de vezes que nos pré-ocupámos, durante a gravidez do Manel, sobre como iria reagir a Luisinha...

quarta-feira, 16 de julho de 2014

A primeira viagem do Manel vai ser a...

...vejam lá se descobrem pela roupa do petiz?
Babygro oferecido pela Margarida, vizinha cá e (relativamente) vizinha lá
Pois é, a estreia de avião da Luisinha tinha sido numa ida a Londres (no pino do Inverno, com direito a neve e tudo) e agora vai ser a vez do mano Manel ir conhecer a cidade onde os pais começaram a namorar, desta vez no pino do Verão.

Dessa última vez, em 2012, ficámos um bocado desconsolados: tal como nós, muitos amigos já tinham partido de Londres; com os amigos portugueses que lá vivem acabamos por estar quando vêm cá de férias; e encontrar os restantes, salvo uma ou outra excepção, foi um bocado a saca-rolhas - o frio era muito e deslocar-se na cidade um incómodo, eu percebo, mas a inércia abunda por aquelas bandas (ou, visto de outra perspectiva, ver-nos não tem de ser prioridade para toda a gente). Aceitámos a máxima "nunca voltes ao lugar onde já foste feliz" e pusemos uma nota mental para só lá voltarmos daqui a uns anos valentes.

Só que o coração trocou-nos as voltas. A Nayan, minha ex-flatmate indiana, com quem mantenho longas conversas, foi insistindo para lá irmos, tanto quanto nós insistimos para que ela e o marido venham cá. Só que desta vez jogou uma carta poderosa: a oportunidade de estarmos também com os seus pais, que nos visitaram em Londres quando eu morava com ela, que nos receberam em Bombaim quando fomos ao casamento da filha e com quem vamos trocando mimos via Facebook. Basta olhar para eles...
...para perceber como são mesmo mesmo queridos. Ainda tentámos que fossem eles a vir a Lisboa, como mais cedo ou mais tarde acontecerá, mas já não lhes cabia no plano desta viagem à Europa. Parámos de complicar, esquecemos os entraves e, ainda sem certeza de alojamento, comprámos os voos. Vamos os quatro, num fim-de-semana comprido de Agosto, em grande parte para encontrar estes quatro amigos indianos, mas com vontade de revisitar muitos lugares da nossa história londrina (e mostrá-los à Luisinha) e de estar com todos os que conseguirmos. E vai ser muito bom!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Coisas que não entendo #1

Hoje, no Continente, ia comprar alho em pó, que uso bastante. Tendo já em casa a embalagem de plástico duro, com tampa doseadora, bastava-me enchê-la com o conteúdo de uma "recarga", daquelas que vêm numa embalagem de plástico mole, ligeiramente mais ecológica e obviamente mais barata... ou não!
60 gramas de alho em pó em embalagem doseadora de plástico duro - 0,54€
Recarga de 60 gramas de alho em pó - 0,64€ (quase +20%)
Se fosse uma promoção para escoar o stock das embalagens duras, eu ainda percebia, mas não... vá-se lá entender! Trouxe a dura.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Outros Campeonatos

Faz hoje 10 anos que um golo do grego Charisteas deixou todo o País com um grande melão. Ou, se virmos pela positiva, faz 10 anos que Portugal alcançou a melhor classificação da sua história num Campeonato da Europa ou do Mundo.
Tive a sorte de trabalhar como motorista da UEFA no Euro 2004, o que me permitiu não só acumular algumas massas (estava a poucos meses de ir estudar para Londres), como também assistir aos 3 jogos de Portugal na fase a eliminar: nos quartos-de-final, quase morri do coração nos penalties contra a Inglaterra; nas meias-finais contra a Holanda, foi um espanto o fair-play dos adeptos laranja a festejar connosco; na final, a que assisti com o Chico, meu amigo açoriano, foi a tal desilusão, mas em todo o caso terá sido provavelmente a única final de uma competição destas que assistirei na vida.
Com o Chico (a minha máquina estava marada)
Dois anos passados, o Mundial de 2006 apanhou-me entre Londres e a Colômbia. Pus uma bandeira de Portugal por cima da minha secretária, no trabalho, e assisti aos jogos da fase de grupos em Stockwell, onde a comunidade portuguesa fazia parar o trânsito. Depois, numa viagem épica com a minha grupeta latina, vibrei com o Portugal - Inglaterra (novamente ganho nos penalties) em Medellin e sofri com a meia-final, perdida para a França, em Cartagena. Foi um Mundial de grandes memórias!
Com o Juan e o Roberto, em Medellin, no dia em que eliminámos a Inglaterra (01.07.2006)
Depois do Europeu de 2008 e do Mundial de 2010, sem grande história, veio o Europeu de 2012, na Polónia e Ucrânia. Logo no sorteio, reparei que os dois primeiros jogos de Portugal eram em Lviv, a cidade ucraniana onde morava o meu amigo Vitaliy. Desafiei dois amigos, o Edgar e o Carlos, e lá fomos nós! Assistimos à derrota contra a Alemanha e à vitória contra a Dinamarca. Encontrámos outros amigos por lá, falámos para a rádio e para a televisão, demos um passeio de carro por outras zonas da Ucrânia, visitámos Cracóvia e Auschwitz. Foi o máximo! Portugal foi até às meias-finais, que perdemos para a Espanha; assisti a este jogo no hospital, no dia em que fui operado ao dedo, logo a seguir ao acidente de mota.
No fim do Portugal - Dinamarca, em Lviv (13.06.2012)
Ainda fantasiámos sobre a hipótese de ir ao Brasil ver este Mundial, mas, dado o timing em que o Manel nasceu, a ideia nunca passou disso mesmo. E ainda bem! 
As baterias ficam agora apontadas ao Europeu de França, daqui a 2 anos...