quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

2020 em revista


Um ano tão fora do comum merece que ressuscite o blogue para um balanço. 

2020 até nem começou mal: tivemos a casa cheia de amigos na passagem de ano; a Maria começou um mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia; fiz uma visita-relâmpago à Joana, em Amesterdão, para conhecer o seu bebé; e tivemos as habituais festas de anos, jantares de amigos e idas ao futebol - até tive o prazer de levar a tia Mila de volta a Alvalade!  

Visita de 24 horas à Joana em Amesterdão

Exposição Harry Potter (traduzida pela Trustlation)

A Tia é uma força da natureza! 

O "bicho" entrou em Março e ficámos fechados em casa. Houve quem conseguisse fazer pão e trabalhos manuais, pôr a leitura em dia ou descobrir vocação para o homeschooling, mas aqui foi basicamente o caos: os miúdos em casa e a pedir atenção, o trabalho não diminuiu assim tanto e a Maria continuou a sair para trabalhar até ao Verão, por isso instalou-se uma anarquia de horários, ecrãs e desarrumação, como contámos à Ana Galvão da Renascença, uma das poucas pessoas que entrou em nossa casa nesses meses.

Também ficaram por usar os voos para as férias da Páscoa na Guatemala (com os amigos latinos), um casamento na República Checa e uma ida à Oktoberfest com os melhores amigos.  

Claro que houve coisas boas neste "novo normal": uma ínfima parte do tempo com os filhos foi "tempo de qualidade"; pudemos gerir mais livremente a nossa agenda, sem tantas solicitações; passámos a juntar-nos com amigos em parques e piqueniques; comecei a correr e consegui perder 7kgs (mas ainda tenho um longo caminho a percorrer). E os "nossos" bebés deste ano nasceram durante o primeiro confinamento: a sobrinha Madalena, o Vasquinho do Edgar e da Graze, a Teresinha da Ana e do Sérgio (mais tarde, nasceram a Ritinha, da Rita e do Bruno, e o Francisco, da Tânia e do Duarte).
Teletrabalho...
O primeiro aniversário festejado em Zoom com os amigos

Ana Galvão da Renascença em direto da nossa cozinha


Depois veio o calor, os dois rapazes ainda voltaram ao infantário e pudemos alargar um pouco os horizontes. Começámos com idas à praia, piqueniques e churrascos em quintais de amigos. Em Agosto, vivemos dias felizes na Costa e no Algarve, onde partilhámos casa com primas e amigos, e tivemos muito bons reencontros.

No "melhor dia para casar", celebrámos 10 anos de casados com a família alargada numa esplanada com a melhor vista de Lisboa, depois de uma missa celebrada pelo nosso amigo Artur, acabado de ser ordenado padre. Tivemos o batizado da sobrinha Madalena, de quem tive a honra de ser padrinho. Fomos ao Algarve casar a Belinha e o Luís, e a festa possível foi feita na praia. E acabámos o Verão num fim-de-semana fantástico com os amigos da Costa. No fim do ano, passámos a fazer parte de uma Equipa de Casais de Nossa Senhora e a nossa Luisinha fez a Primeira Comunhão.
Com o padre Artur

10 anos de casados

Na Costa com os primos do Brasil

Com a prima Mar em Tavira

Com Mafalda e André na Praia da Luz

Fim-de-semana com amigos da Costa

Primeira Comunhão da Luísa no Campo Grande

No ano de todas as quarentenas, os frutos da colheita de 1980 viraram quarentões. Boa parte das festas ficaram adiadas para melhores dias, mas nós tivemos a sorte de apanhar uma época mais desconfinada do ano. A Maria organizou uma caminhada e piquenique em Sintra, um programa bem ao seu gosto. Eu festejei os quarenta numa tarde memorável no Páteo Alfacinha, e num tiro de sorte consegui ter o enorme Miguel Araújo em concerto exclusivo
Anos das Marias em Sintra

Um dueto improvável a "ver os aviões"

A terminar um ano pesado, onde vários amigos perderam pais e avós, tivemos a notícia de que o Pai tem um cancro nas vias biliares, sem tratamento possível, por isso temos um tempo escasso para aproveitar a sua companhia. É o que estamos a tentar fazer e é a nossa prioridade para os próximos meses.



No fundo, não há anos bons e anos maus. Em todos temos de multiplicar a alegria e apoiar-nos nas dificuldades. E o milagre da vida trará sempre novas razões para sorrir: em meados de fevereiro, se Deus quiser, nasce o nosso João Pedro! E não podíamos desejar melhor motivo para encarar 2021 com otimismo.

Que o ano novo nos devolva os abraços, a liberdade de movimentos, os bailaricos e, já agora, o Sporting campeão!