sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Na Casa do Vau

No ano passado recriámos a tradição, depois de uma década de pausa. Este ano, com o nascimento do Manel e da Teresinha, passámos a estar em desvantagem: 8 adultos para 9 crianças (e uma barriga avançada). O mesmo é dizer em larga vantagem, que não há melhor proveito do que tamanha prole - sobretudo quando todos adormecem e podemos, por fim, disparatar numa madrugada de snooker regada a Amêndoa Amarga.
Quando procurava casa para esta pequena multidão, algures entre Lisboa e Porto, encontrei uma preciosidade com 7 quartos, espaço a rodos, piscina, churrasco e uma mão cheia de extras simpáticos. O calendário de disponibilidade dizia-me que estava reservada o Verão inteiro, à excepção de 4 dias em Agosto, precisamente o tempo que queríamos passar juntos e na semana em que todos tínhamos férias. À falta de contactos no site, procurei a casa no Google Maps e mandei uma carta aos donos, com a nossa foto do ano passado a apelar ao sentimento, para que abrissem uma excepção à reserva mínima de uma semana. E resultou, foram simpatiquíssimos connosco e pudemos ali passar uns dias de sonho.
Quase nem saímos de casa. Tirando os abastecimentos básicos (quem achou que 3 caixas de minis chegavam?), fomos só uma vez a Óbidos para não parecer mal, estando tão perto. Os miúdos divertiam-se a dar saltos para a piscina e a dar de comer aos peixinhos, nós experimentávamos o ping-pong e o ténis, e à noite havia tempo e calma (porque os miúdos brincavam à nossa vista) para desfrutarmos a mesa - o churrasco do tio Vasco e as pizzas do mestre André fizeram sucesso.
Dá gosto ver (e fomentar) na geração abaixo a cumplicidade que nos une há vinte e tal anos. E, apesar das distâncias que a vida nos impôs (até quando?), estes encontros lembram-nos que, querendo, é fácil estar mais perto do que é importante.
 

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