Nunca gostei de correr. Tentei fazê-lo nos parques de Londres e desisti à primeira. Tentei a mini-maratona da ponte e jurei para nunca mais (ia morrendo de vertigens). Correr sem ser atrás duma bola não me cativava. Ia seguindo as façanhas do meu amigo Nuno Iron Man, os trails do meu vizinho Zé, os treinos partilhados no Facebook deste e daquele, mas sem qualquer intenção de lhes seguir as pisadas.
Algures em Maio, já não sei por iniciativa de qual de nós, comecei a treinar com o Vasco, a horas obscenas (7 da matina), três vezes por semana, no jardim do Campo Grande. Irmos juntos ajuda a manter o compromisso, caso contrário cada um já teria desistido há muito. Na primeira vez, devemos ter parado, cansados, ao fim de 1 quilómetro. Mas a constância foi dando frutos e a resistência aumentando. Pusemos como objectivo fazer os 10 quilómetros da Corrida do Sporting, que foi hoje.
Não ia muito optimista. Nos treinos, nunca tinha feito mais de 8 quilómetros, com paragens, e o dia amanheceu com muita chuva, que caiu na maior parte da corrida. Mas a motivação num evento destes é muito maior: o tempo oficial a contar, a multidão que é, a possibilidade de correr nas avenidas que cruzo diariamente de mota e o estádio do Sporting como meta!
Teve um sabor especial entrar no estádio com a sensação da missão cumprida (e comprida), depois de 67 minutos a correr sem parar, a uma média de velocidade superior à dos treinos. O Vasco acompanhou-me nos primeiros 6 quilómetros e o Nuno deu-me um empurrão precioso no último; entre os kms 6 e 9, foi bom sentir que sozinho também me aguento sem desistir.
Continuo sem gostar de correr, mas o esforço é para continuar! Pela minha saúde...
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