terça-feira, 29 de outubro de 2013

Mariela

Conheci-a quando estudávamos em Londres. A Mariela estava no Master de Desenho Urbano do Braulio e da Nayan, meus amigos na residência e futuros flatmates, e eu ia a bastantes programas com a turma deles.
Quando fomos morar para o nosso cantinho em Camden, a Mariela e a mãe (de visita) visitaram-nos e prepararam umas típicas empanadas chilenas. Se a memória não me falha, ela até terá ficado em nossa casa nos últimos dias antes de regressar ao Chile.
2 Outubro 2005
No fim de 2007, quando deixei Londres, passei 2 meses a viajar pela América do Sul e estive no Chile por alturas do Natal. Entrei pelo extremo norte (Atacama) e voei até ao sul, para passar 3 dias com a Mariela na ilha de Chiloé. Num dia muito especial, aqui descrito em detalhe, andámos com o alcaide e o Pai Natal a visitar as crianças das ilhas mais isoladas; no final do dia, a Mariela e eu vimo-nos sem transporte num lugarejo onde só havia um café e tivemos de ir à boleia na caixa de uma furgoneta de distribuição de comida, fartámo-nos de rir!
Até aos 27 anos eu era um totó que não comia marisco porque me metiam nojo os bichinhos. Foi a Mariela quem me forçou a comer um prato de curanto em Ancud, e desde então passei a gostar de marisco; devo-lhe também isso.
Montagem da Mariela sobre a visita a Chiloé (20 Dezembro 2007).
Infelizmente a minha máquina tinha pifado e não tenho fotografias destes dias.
Um ano depois, estávamos novamente juntos, desta vez em Bombaim, para o casamento da Nayan. Foi aqui que a Maria a conheceu. Passeámos bastante pela cidade e vestimo-nos a rigor para a festa. Umas semanas depois, encontrámo-nos ainda em Londres para um serão com a mesma grupeta.
Bombaim, 21 Dezembro 2008
Londres, 16 Janeiro 2009
Novo casamento, novo encontro. Desta vez foi o nosso, a que a Mariela disse logo que viria. E veio. Ficou até a dormir em casa dos meus pais e tirou-me, à saída para a igreja, uma fotografia emblemática. Na festa, fizemos uma entrega de Óscares para agradecer a alguns convidados, e a Mariela ganhou o "Óscar para quem veio de mais longe". E foi a última vez que nos vimos.
Bairro Alto, na véspera do casamento
Em casa dos meus pais
A foto simbólica da saída do lar paterno 
Óscar para a amiga que veio de mais longe
No início deste ano anunciou que estava à espera de bebé. O seu Maximiliano nasceu em Abril, prematuro de 7 meses, porque aos 3 meses de gravidez a Mariela tinha sido diagnosticada com um cancro no fígado, e teve de quis adiar os tratamentos mais fortes até ao filho poder nascer. Sempre que falámos ao telefone nestes meses, o que irradiava era essa alegria de mãe e a preocupação com o seu Maxi (que ficou bem de saúde), mais do que as queixas sobre a sua própria doença. E esse testemunho de coragem tocou-me profundamente.
A Mariela era muito "para a frente": fundou uma ONG que promove a regeneração urbana de bairros mais pobres a partir da participação dos próprios cidadãos; dinamizou a utilização das bicicletas no município onde trabalhava; aproveitou intercâmbios de urbanismo em vários países; e como podem ver acima, tinha gosto em ir a todas. Era uma pessoa com um dom especial para congregar os amigos à sua volta, sem querer protagonismo, aliás de uma simplicidade enorme.
Há 3 semanas escreveu-me a dar os parabéns, com umas palavras tão queridas, e em resposta contei-lhe que estávamos à espera de novo bebé.

Partiu ontem. Além das saudades, deixa-me estas memórias (que acredito um dia vir a revisitar com ela, noutro poiso) e sobretudo um tremendo exemplo de vida.

sábado, 26 de outubro de 2013

A Cantina Hindu

Há 5 anos, fomos a um casamento indiano. Foi uma experiência única, com direito a trajes típicos comprados para a ocasião e rituais completamente diferentes dos nossos. Além de termos um grande carinho pelos noivos - em especial a Nayan, com quem tinha partilhado casa - e pelos seus pais, o que nos fez viver esses dias com grande emoção, tivemos o privilégio de ser convidados para o "pacote completo" dos festejos, por termos ido de tão longe. Ou seja, 5 dias seguidos de festas!
O dia do casamento religioso foi o mais exuberante nas roupas e o mais sóbrio nos manjares, como que a sublinhar que o essencial naquele dia não era encher a pança (nos dias seguintes houve discoteca com bar aberto e banquete num hotel). Depois de uma lindíssima cerimónia hindu, que pouco percebi por ser em hindi, mas que se centrava muito na entrega de cada noivo feita pelos seus pais e irmãos aos seus novos sogros e cunhados, foi servido um almoço na cantina do templo. Sóbrio mas muito delicioso, apresentado ao estilo das refeições tradicionais naquele país: uma bandeja redonda com sopa, dal, arroz, molhos e os pãezinhos achatados.
21 Dezembro 2008, Chinmaya Mission Temple, Mumbai
Passados 5 anos e após várias incursões a restaurantes de chicken tikka massala e afins, tivemos esta semana uma experiência que nos lembrou essa refeição. Tinha lido algures a recomendação à Cantina do Templo Hindu em Lisboa, e como estávamos em Telheiras lembrámo-nos de lá dar um salto. Chegámos ao local e parecia abandonado - o templo fechado, uma série de construções por acabar e um ar pouco cuidado - mas uns jovens que ali estavam indicaram-nos o caminho. Descemos umas escadas e descobrimos, por fim, a Cantina.
Uma sala simples, com quadros das divindades hindus e umas mesas de snooker ao fundo. Em cada lugar estava já uma bandeja redonda de metal, com 2 tacinhas, e um copo também de metal. Num português pouco fluente, mas sempre com um sorriso, a senhora mostra-nos a mesa de buffet com uma fantástica sopa de lentilhas, dal de feijão, outro dal de batata, umas bolinhas fritas de lentilhas, arroz "para asmáticos", paparis e chapatis, e 3 molhos de diferentes malaguetas (parece que ao fim-de-semana terá maior variedade). Tudo vegetariano, muito saboroso e só levemente picante. Para beber, um lassi salgado, à base de iogurte, ideal para acalmar o picante, e uma garrafa de água da torneira. À sobremesa trazem-nos uns bolinhos quadrados de farinha de grão, manteiga e açúcar; eu não costumo apreciar muito os doces indianos, mas estes eram óptimos! Para a experiência ser completa, pedimos ainda um chai, o chá com leite e especiarias que é servido a toda a hora na Índia.
Partimos com o estômago contente e muita vontade de voltar. À Cantina e, já agora, também à Índia.
22 Outubro 2013, Cantina da Comunidade Hindu, Lisboa
Cantina da Comunidade Hindu
Al. Mahatma Gandhi, Complexo Comunidade Hindu - 1600-500 Lisboa (mapa)
Aberta de terça a domingo, 12h-14h30 e 20h-22h (fecha às segundas)
Preço: 7,50€ a 10€ por pessoa

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Diá-Lu-gos #2

Uns minutos depois de lhe termos explicado que ainda não sabíamos se o bebé era menino ou menina...
Lu: "A Luísa quer uma menina."
Eu: "É melhor uma menina do que um menino?"
Lu: "Sim."
Eu: "Porquê?"
Lu: "Porque as meninas não são tanto pesadas!"

Estatisticamente correcto. Só espero que não tenha sido em sentido figurado...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Bye Bye Kitty!

Até perto dos 2 anos, conseguimos manter a Luisinha desinteressada da televisão, mais por sorte do que por proibição. Regra geral, temos a televisão desligada; a Maria não liga peva e o pouco que eu vejo (5 para a Meia Noite, Governo Sombra e concursos de talentos de domingo à noite) passa depois de ela(s) ir(em) para a cama.

Mas lá veio o dia em que, aos primeiros DVDs oferecidos, o vício da televisão chegou. A colecção do Noddy até se vê bem e dá um jeitão quando preciso que a Luísa fique uma horita sossegada; aqui, a única coisa que me irrita um bocado é ela praticamente só querer ver repetidas vezes o episódio de Natal, de que já sabe metade das falas de cor. Já quando pede para ver o DVD da Kitty, aí é que começo logo a ficar com brotoeja! É que muito se fala sobre a violência dos desenhos animados de hoje em dia, mas subvalorizam-se os efeitos nocivos dos bonecos demasiado melosos... Claro que queremos as nossas meninas mimosas e meigas, mas tanto bilu-bilu pode transformá-las em Elmyras, a fabulosa personagem dos Tiny Toons que sufocava os amigos com afectos em sobredose.

Para ficar com os nervos à flor da pele, basta ouvir o genérico, que começa por "Olá Kitty, tão queridinha, olá Kitty, nossa amiguinha" e termina em "Olá Kitty, gatinha fofinha, tão lindinha". Não é de ir buscar a caçadeirazinha e espetar uns balaziozinhos na bichaninha? Enquanto o léxico da Luisinha não abarca termos mais complexos, a Maria e eu vamo-nos divertindo a cantar o genérico com uma letra bem mais gira: "...a aldeia da Kitty vamos dizimar/chacinar/trucidar..."
Em segundo lugar, o nome dos amiguinhos da Kitty é impronunciável, ou pelo menos insoletrável: tive de ir ver na net como se escreve Badtz-Maru, Cinnamorol ou PomPom Purin. Enquanto que no Noddy podemos transpor as personagens para a família (à falta de pai e mãe do Noddy, eu costumo ser o "Urso Rechonchudo", vá-se lá saber porquê), está fora de questão chamarmo-nos Badtz-Mary ou PaiPai Purin!
Por último, as histórias passam-se todas num mundo cor-de-rosa, onde os bonecos se divertem a tricotar, a beber chazinhos e a colher bagas na floresta. Uau... Voltem, Power Rangers, que estão perdoados!

Ironias do destino, a Luisinha recebeu nos anos uma bola da Kitty e todos os dias jogamos um bocadinho. E é para isso mesmo que a Kitty serve: para levar um bom chuto!

sábado, 19 de outubro de 2013

Arroz chau chau...

Este post só terá piada (muito relativa, claro) para quem passou por campos de férias e outras actividades juvenis afins, onde uma das músicas da praxe era qualquer coisa como Arroz chau-chau, arroz chau-chau, carne assada, carne assada com arroz chau-chau... Sopiiiinha, sopiiiinha, carne assada, carne assada com arroz chau-chau...

Pois bem, numa combinação improvável de restos no frigorífico, coube-me ao almoço tomar o gosto pela primeira vez a esse refrão tantas vezes repetido. E sopinha, também houve.

Diá-Lu-gos #1

Eu, a querer apressar o almoço: "Quem é que vai acabar a sopa primeiro: a Luísa ou o Pai?"
Lu: "Pode ser a Luísa e o Pai."

Toma lá que é para não incutires o espírito de competição na miúda, que vai ter muitos anos para isso...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Família a crescer

Contra ventos e marés, apesar dos cortes e incertezas, a verdade é que precisamos de quem nos pague a reforma quando lá chegarmos, não é verdade? Vimos, por isso, dar o nosso contributo para reverter as estatísticas da natalidade já em 2014! 
Lá para inícios de Abril, se Deus quiser, a Luisinha terá uma nova companhia para brincar - e para aprender a partilhar, que bem precisa. Daqui a mês e meio saberei se ganho um aliado masculino ou se fico ainda mais rodeado (e bem) de mulheres. Escusado será dizer que estamos muito felizes!
Fotografia do rebento às 13 semanas (há 2 semanas atrás)

sábado, 12 de outubro de 2013

A dois graus da Malala

Conhecem a teoria dos seis graus de separação, segundo a qual entre cada um de nós e qualquer outra pessoa do planeta há, no máximo, 6 pessoas pelo meio? Ou seja, eu conheço A que conhece B que conhece C que conhece D que conhece E que conhece F, mesmo que esse F more numa ilha recôndita do Pacífico.
As redes sociais dão-nos uma amostra visual disto mesmo. Por exemplo, o LinkedIn diz-me que estou a 3 graus de separação de 7 milhões de outros utilizadores, logo o crescimento exponencial até ao sexto grau há-de abranger todos os utilizadores da rede.

Cá em Portugal, talvez por vivermos um país pequeno, achamo-nos sempre não a seis, mas a dois graus de qualquer pessoa. Quando conhecemos um estranho, procuramos logo um ponto de encontro - escola, local de origem, empregos passados - com alguém das nossas relações: "ah, então deves conhecer o..." E a verdade é que quase sempre conseguimos mesmo fazer essa ligação! Se o mundo é pequeno, Portugal é uma ervilha.
Quando vivi em Londres, apercebi-me que essa abordagem inicial é muito nossa e que, quando a aplicamos a estrangeiros, roça os limites do razoável. No cúmulo da inocência, uma amiga que me foi lá visitar perguntou à minha flatmate indiana se porventura conhecia (da Índia!) outro amigo nosso de Lisboa, que nasceu e viveu em Goa. Eu ri-me, mas noutras vezes não terei andado longe disto na procura de um suposto amigo comum que me aproximasse dum interlocutor.

Ao nível das figuras públicas, ainda é maior a diferença entre um país grande e o nosso cantinho à beira-mar plantado. Em 3 anos de Londres, nunca vislumbrei ninguém da realeza, do espectáculo ou do desporto, e era óbvio que esses mundos não tinham qualquer cruzamento com as "pessoas comuns" com quem eu convivia na universidade ou no trabalho. Cá é o contrário: artistas, políticos e desportistas cruzam-se connosco com toda a naturalidade no Chiado ou nas Amoreiras, e a probabilidade de conhecermos um primo ou amigo de qualquer famoso é muito maior. E, para não dar o exemplo mais nebuloso do "arranja-me um emprego", posso dizer que na angariação de fundos para causas sociais quase sempre a abordagem começa por aí: ver quem conhecemos na empresa X para conseguirmos uma reunião com o decisor Y, embora cada vez menos (e ainda bem) isso, por si só, seja garantia de uma resposta positiva.

Isto tudo para dizer que, no mesmo dia em que eu a tinha visto nesta inspiradora entrevista no programa do Jon Stewart e em que ela era tida como forte candidata ao Nobel da Paz, algures em Washington, o meu cunhado entrava no mesmo elevador que a Malala. Ela que está empenhada em ser O grau de separação entre as raparigas paquistanesas que querem ter acesso à educação e os mais poderosos do mundo...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Diga 33

Eis-me chegado aos 33! Gosto muito de fazer anos e de fazer festa, por isso tirei o dia de folga, não para ir para a praia (esteve tempo para isso!) mas para ajudar na cozinha e nas arrumações - entre as duas famílias, tivemos cá 28 pessoas a jantar.
Ao segundo dia de regresso ao "infectário" depois da última quarentena, a Luisinha veio para casa com febre e dor de garganta, e festejou os anos do pai murchinha e de pijama, ela que estava toda excitada com a ideia da festa e que me tinha perguntado umas 20 vezes pelo bolo.

A marcar o dia, houve duas surpresas que me deixaram com  um enorme sorriso.
A primeira foi logo às 8 e meia da manhã, quando preparava a Luisinha para sairmos. Toca o telemóvel e dizem-me: «É o Tiago? Fala da Rádio Sim, só um momento que vai já entrar no ar!» E passados uns segundos estava à conversa live on air com o meu amigo José Manuel Monteiro, que além das manhãs da Sim apresenta o programa que eu preparo. Quantos anos fazia, como ia ser o dia e tal e tal... Muito bom!

Quanto à segunda surpresa, lembram-se de eu aqui vos ter falado do João Miguel Tavares? Há dias tinha oferecido o livro dele ao meu amigo Vasco e comentei que gostava mesmo do que ele escrevia, que já o tinha visto algumas vezes no infantário da Luisinha mas que nunca tinha tido lata para lhe falar. E precisamente hoje o Vasco e a Joana, também eles com um filho no mesmo infantário, cruzam-se lá com o JMT e pedem-lhe um autógrafo para mim. Além do autógrafo em si, que já tem muita piada, valeu ainda como empurrão: «agora tens mesmo de lhe ir falar!»  
Sem dúvida que os homens (também) precisam de mimo, e nada como um aniversário para um gajo ser muito bem mimado!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Um ar mais crescido

Amanhã completo a muito simbólica idade de 33 anos. A idade de Cristo. Um terço de século.
Apesar das responsabilidades de pai de família, continuo a sentir-me nalgumas coisas um puto de 20. E não é só a frescura de espírito, são também coisas exteriores. Não me refiro, obviamente, aos 20 quilos que me distanciam dos meus 20 anos; nesse aspecto, devia ter mais cuidado para recuperar uma volumetria mais jovem. Estava, sim, a pensar na diferença de indumentária em relação à maioria dos pais com que me cruzo de manhã no infantário. Tenho a sorte de poder ir vestido para o trabalho como bem me apetece, o que, num tipo calorento como eu, significa andar metade do ano de calções e Paez. E isto, meus amigos, acreditem que me tira anos de cima!
Talvez por não ter essa obrigação nos dias comuns, dá-me gozo vestir um fato numa ocasião formal, e mais gozo ainda aquele lusco-fusco do casual-chic. No primeiro caso, a pinta de um gajo joga-se na gravata; no segundo caso, nos sapatos. E foi por aqui que investi no meu auto-presente de aniversário deste ano, que já recebi via Amazon. Já tive vários blogues, mas faltavam-me uns brogues. A Maria suspira cada vez que vê mais um par de sapatos a entrar em casa, mas foi mais forte do que eu...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Uma Horta para Ser Feliz

O último livro que traduzi chama-se Uma Horta para Ser Feliz e ensina como se pode criar uma horta, urbana ou rural, qualquer que seja o espaço disponível. O grande objectivo do autor, Marc Estévez Casabosch, é levar as pessoas a voltarem a sintonizar com os ritmos da natureza. Ele, que se mudou com a família para o campo, onde produz tudo o que come, garante que é um caminho que o aproximou da felicidade.
O meu décimo livro traduzido foi o primeiro a ter direito a um evento de lançamento em Portugal. As traduções anteriores eram de autores americanos, ou do falecido Osho, pelo que era mais improvável trazerem-nos cá. Desta vez, a proximidade geográfica do autor (catalão) e a aposta da Arte Plural na sua promoção tornaram possível o evento.
Encurtámos um pouco as férias e lá fomos na quinta-feira passada (um livro sobre hortas só poderia ser lançado numa quinta!) à Cozinha Popular da Mouraria, um lugar muito cool, misto de integração social com hippie-chic, que nasceu da renovação daquele bairro. Tivemos direito a beberete orgânico, com um óptimo pão de azeite e refrescos à maneira! 
É inevitável sentir-me um pouco dentro da cabeça do autor enquanto traduzo um livro, por isso foi muito engraçado falar com o Marc. E também gostei de estar com a Joana, a editora que me vai distribuindo trabalho, com quem troco e-mails há 5 anos e só agora conheci ao vivo. Fiquei sobretudo contente pelo bom feedback do meu trabalho, porque traduzir é uma actividade que me dá muito gozo!