...esse dia chegou! Mas, como é meu hábito, deixem-me recuar um pouco no tempo.
Em Setembro reencontrei um amigo de infância, de quem não sabia desde os 12 anos. Uma das primeiras coisas que ele me perguntou foi: "Deixa-me adivinhar: és jornalista?" E pensei: "caramba, aos 12 anos já sonhava ser jornalista". Nesse tempo, partilhava o sonho com a minha amiga Joana, que seguiu essa via e é hoje jornalista na Lusa. Quem me fez os psicotécnicos sugeriu que eu tirasse uma licenciatura "mais abrangente", como Direito, e depois logo tratava de ser jornalista. E eu fui na cantiga.
Não me arrependo. Foram 5 anos bem passados e gostei de metade das cadeiras que fiz em Direito. A digestão do voluntariado e as dicas do António Barreto levaram-me a estudar Política Social em Londres, onde escrevi o meu primeiro blogue e fiz um curso de escrita jornalística. Regressado a Portugal, trabalhei em 3 ONG - a Tese, a FEC e o MSV, onde estou. Em várias entrevistas de emprego, ao descrever o meu percurso, fiquei sem reposta para a pergunta: "e o jornalismo, onde ficou?"
Devo à Susana, minha directora na FEC, a oportunidade de entrar no mundo da comunicação. Desde 2010, preparo o programa de rádio Lusofonias. Os conteúdos são responsabilidade da FEC e os meios são da Rádio Sim, onde o programa passa. Escrevo as entrevistas e assisto à gravação, e nestes 5 anos conheci muita gente interessante.
Esta terça gravámos na rádio uma entrevista com o Nuno Azinheira, jornalista no DN, apresentador na RTP Informação e fundador do centro de formação Palavras Ditas, cujo site já me tinha despertado a curiosidade. No fim da entrevista, pensei: "não me posso esquecer de adicioná-lo no LinkedIn, agora que está fresquinho", como faço habitualmente aos convidados que mais me interessam. Esqueci-me. Nessa noite, recebo do Nuno um convite para o adicionar no LinkedIn (terá visto que lhe cusquei o perfil). Foi o primeiro sinal.
Na quarta, vejo no Facebook do Nuno e da escola que ainda havia vagas para um curso de introdução ao jornalismo, que era dado por ele e que ia ter como convidados o José Alberto Carvalho e o João Miguel Tavares. Lembra-vos alguma coisa? Era o sinal número dois.
Conversei com a Maria, para saber o que achava da ideia e porque a decisão de fazer o curso implicava 8 ausências na hora de ponta familiar. Sem hesitar, disse-me para avançar, e assim fiz.
Já tive 2 sessões, ontem e hoje, 3 horas cada. O formador percebe disto a rodos e torna as aulas interessantes, a turma é muito simpática, e vejo-me a participar como nunca na vida. O que só confirma que é mesmo por aqui que quero ir. Não sei no que isto vai dar, vamos com calma... Mas lá que estou empolgado, estou!
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