No último dia do passeio, ficámos a dormir num lugar muito especial. Quando procurava alojamento no Booking, nos distritos de Castelo Branco e Portalegre, houve um hotel que me chamou a atenção e, apesar de já conhecermos a zona, achei que não podíamos deixar de ir até lá. A estação ferroviária de Beirã, que servia Marvão e fazia a ligação a Espanha, foi desactivada em 2012 e um dos edifícios transformou-se na Train Spot Guesthouse.
À chegada, fomos calorosamente recebidos pelo Eduardo, um dos responsáveis, que mudou de vida e trocou Lisboa pela calma do campo. Por opção, não há televisão, apenas uma agradável música de fundo, bem portuguesa, a criar ambiente para a conversa na sala que era o restaurante da estação. A Luisinha entreteve-se com jogos e brinquedos, balançou na rede e fomos dar um passeio junto à linha férrea, hoje já sem movimento.
A cozinha também tem um óptimo aspecto e pode-se comprar comida e bebida, incluindo especialidades da região. O pequeno-almoço também é bastante simpático. Apetecia ficar mais tempo, mas tínhamos compromissos à nossa espera em Lisboa...
Aproveitámos para visitar Castelo de Vide e Marvão, duas vilas históricas lindíssimas, refrescámo-nos nas piscinas de Portagem e não resistimos a passar a fronteira para ir comer umas tapas a Valencia de Alcantara. No regresso a Lisboa, parámos para almoçar em Estremoz, na Gadanha Mercearia.
E assim terminou o nosso périplo pelos caminhos de Portugal, com 750 quilómetros percorridos, a uma média tranquila de 5,4 litros aos cem.
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