No sábado passado, lá fomos nós rumo a Famalicão, para o encontro anual dos Mesquitas. Para quem só agora sintonizou este programa: o meu avô materno, ele próprio um de dezassete irmãos, teve dezassete filhos, que deram origem a uma família de 250 pessoas (só Tiagos somos 5 e Isabéis 17!), e todos os anos nos juntamos na cidade de origem para um dia de convívio. Este ano éramos 149, o que dá uma taxa de participação de 60%, ao nível das últimas eleições autárquicas - pode não ser uma grande percentagem para umas eleições, em que todos votam (supostamente) perto de casa, mas parece-me excelente para uma família em que a maioria tem de se deslocar 50 a 350 quilómetros (fora os emigrados) para ir ao encontro dos restantes.
E por falar em política, tenho reparado (no Facebook, claro) que a família, cuja primeira geração era claramente mais à direita, está hoje representada em todas as cores do espectro político, do CDS ao PCP. Aliás, duas primas assíduas destes encontros não puderam ir este ano justamente por estarem em campanha como candidatas a assembleias municipais, por cores bem diferentes. Esta variedade é também uma riqueza, e a política não se sobrepõe à ligação familiar (veja-se os irmãos Portas e os primos Louçã/Gaspar).
Acima da política e dos laços de sangue, a fé cristã continua a ser essencial para a maioria de nós, está no ADN da família e não é de todo alheia ao facto de sermos tantos. Por isso, estes encontros começam sempre com uma missa, bastante participada, em que agradecemos este dom da união familiar dos Mesquitas e lembramos os que já partiram.
Esta é também uma ocasião para saber novidades dos primos, e ficámos a saber de mais bebés que vêm a caminho - já dizia o Outro, crescei e multiplicai-vos!
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