5 da manhã. Depois de um dia com 38ºC e prestes a entrar noutro com 42ºC, consolo-me com a brisa dos 24ºC que agora estão. Estou no quarto da Luisinha, que dorme destapada e com ruído (a quem sairá?); a Maria cumpre o turno da noite no hospital. Sentado num pufe sobre os meus 20 centímetros de varanda, o mais em pelota que me é permitido, tento acumular no corpo esta sensação de fresco que tanto jeito daria amanhã (vou estar a bulir numa maratona que reverte para a Casa das Cores).
Detesto este calor da cidade, roupa colada e cara pingada. Seria incapaz de viver num país que fosse assim o ano todo. Gosto da cerveja gelada, das Havaianas e das camisas de linho, dos banhos de mar e dos dias compridos, mas do que gosto mesmo é de levar com toda a potência de um ar condicionado em cima.
Mas posso estar a ser ingrato para com a canícula. Afinal, os momentos que mais me marcaram a vida aconteceram sob um grande bafo. Casei em Julho e fui pai em Agosto. As minhas missões de voluntariado em Alcoutim e Montes Claros foram bem quentes. As viagens à Terra Santa, à América do Sul, à Índia ou Guatemala foram tudo menos frescas. As Jornadas da Juventude em Roma e Toronto foram um abuso térmico do São Pedro. E foi tudo tão bom! A ver se isto me ajuda a lembrar que o calor pode valer a pena...
E pronto, agora que já falei sobre o tempo, está oficialmente desbloqueada a conversa aqui no blogue!
1 comentário:
O bom do calor é poder-se andar em pelota (tanto quanto possivel. Mas o bom dessa onda de calor foi desbloquear-te a conversa por aqui.
Vou estando atento... de um daqueles sitios onde faz sempre calor!!
Abraço
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