Quarta vez em Roma. A primeira foi nas Jornadas Mundiais da Juventude, em 2000, uma óptima experiência mas da cidade pouco vi. Na segunda, em 2002, desforrei-me e estive uma semana inteirinha (valiam-nos as férias de universitários) em que vi quase tudo, incluindo João Paulo II à distância de um braço. Na terceira, grávidos da Luísa, vim com a Maria visitar um primo a Florença e ficámos cá um par de dias à chegada e à partida, com direito a participar na beatificação de JP2. Desta vez, vai ser uma visita-relâmpago de menos de 48 horas: a FEC (www.fecongd.org), de cuja fantástica equipa faço parte desde 2009, faz 25 anos e conseguiu lugares especiais para a Audiência desta quarta-feira; quem quisesse aproveitar a oportunidade, vinha à sua custa (que no mundo das ONG não há cá pão para malucos), e o facto de termos vindo 17 (e os que não vieram foi só porque não podiam mesmo) diz muito sobre o gosto de fazer parte desta família. Uma família da qual também faz parte a minha irmã, que faz a gestão financeira dos projectos.
Aterrei quase à meia-noite em Ciampino. A Ryanair não só voa a menos de metade do preço da concorrência, como voa para um aeroporto que é mais próximo do centro do que Fiumicino e que obriga os aviões que lá pousam a sobrevoar o centro histórico. Não há melhor introdução do que ver do céu a bela Roma iluminada! Como o aeroporto era mínimo e eu só trazia uma mochila, demorei literalmente 5 minutos entre a porta do avião e a carrinha do transfer que me trouxe em meia hora até às portas do Vaticano. À hora que cheguei já não havia transportes públicos, mas o bom Google arranjou-me uma solução três vezes mais barata que vir de táxi. "Ah e tal, mas isso é seguro?" - muito receio tem a malta... por algum motivo fui o único a vir na Ryanair, cuja frota tem uma idade média muito inferior à da TAP e nenhum acidente para contar. Mas eu sou da onda do "non abbiate paura", dito nesta mesma cidade em 1978, e gosto de levar esse lema das coisas mais profundas às mais triviais.
Estamos instalados no Colégio Português, onde vim jantar em 2002 com o Pe. Rui Rosmaninho e onde o meu irmão viveu uns tempos. Está um calor húmido insuportável, o único senão nesta cidade lindíssima onde - vou dizer baixinho para a Maria-sempre-pronta-a-bazar não me ouvir - até me imaginaria a viver.
E agora chega de conversa, que amanhã o dia vai ser cheio e começa logo às sete da matina!
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