Hoje dormi no Hospital de Santa Maria ligado a muitos fiozinhos. Já desde Londres que andava para fazer uma polissonografia para despistar (ou confirmar) a hipótese de ter apneia obstrutiva do sono, doença que afecta 1 milhão de portugueses. Com tanta pontaria, acabei por dormir ligado à máquina no Dia Mundial do Sono (13 de Março).
Com o aumento de peso que tive aos vinte e poucos, surgiu o ressonar forte - felizmente a Maria tem sono pesado, mas é grande a lista dos que se recusam a partilhar quarto comigo. Além disso, e apesar dos meus horários destrambelhados para dormir não ajudarem, mesmo numa noite bem dormida é frequente ter sono durante o dia e consigo passar do estado acordado ao adormecido num segundo. Já adormeci em pé, a andar, a tocar viola; quando andava de autocarro, inúmeras vezes acordei no ombro da pessoa do lado, pedia desculpa e no segundo a seguir estava lá caído novamente; no cinema é tiro e queda, fico irritado com o desperdício de dinheiro mas no fim tenho sempre de pedir que me contem a história; e até já fui criticado no trabalho por adormecer em reuniões. Mas fui adiando a ida ao médico, até a Maria tomar a iniciativa.
O teste confirmou que faço apneia durante o sono, embora não pareça (ainda) grave. Com os restantes exames às vias respiratórias, o médico logo me dirá o que posso fazer. Provavelmente uma operaçãozita, creio que não será caso para dormir com uma máscara ligada a uma máquina, como nas apneias mais graves. Por agora, é mais um incentivo para a sempre adiada dieta!
PS: Serve esta crónica para acordar da hibernação que o blogue teve no último mês e meio. Tenho muito para contar!
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