Fez hoje 5 anos que tirei esta fotografia em Antigua, no último dia de férias na Guatemala. Na véspera tínhamos estado no animado casamento do Roberto e da Marianne, que fora o pretexto da nossa ida.
Quando o Roberto nos avisou que ia casar, eu tinha regressado há um ano a Portugal, tinha tido um par de trabalhos precários e a conta bancária aproximava-se perigosamente do zero. A sensatez desaconselhava que gastasse na viagem, mas não quis abdicar de estar presente num momento único da vida deste grande amigo que fiz em Londres (o mesmo por quem há meses fiz 700kms só para passar um serão). Acabei por arranjar emprego mesmo antes da viagem, e até hoje não mais passei pelo desemprego. Várias vezes na vida tive estes sinais de que não me arrependeria de decidir com o coração.
Foram 10 dias muito intensos, como sempre que se junta este grupo de amigos luso-guatemal-colombiano, e foi lá que a Maria os conheceu. Passámos um fim-de-semana numa casa sobre o magnífico Lago Atitlán, onde acordávamos com esta vista...
Seguimos depois para o norte da Guatemala, onde visitámos, debaixo de um calor extremo, as ruínas de Tikal, uma das maiores cidades maias, que é Património Mundial da UNESCO. Estávamos por aqui na noite em que sonhei com o nascimento do meu afilhado Tomás e, ao acordar, uma mensagem no telemóvel dava-me a notícia de que tinha mesmo nascido!
Por fim, fomos para a pitoresca cidade colonial de Antigua, onde ia ser o casamento. Além da alegria de estar presente naquele momento da vida do meu amigo, com o privilégio de ser um dos padrinhos, foi uma festa em que a pista de dança esteve cheia desde o primeiro momento, e nós fomos os primeiros a entrar e os últimos a sair!
Por estes dias tenho-me lembrado muito desta viagem. Porque temos trocado mensagens, porque o Tomás fez 5 anos, porque morreu o colombiano García Márquez... e porque estamos a equacionar uma reunião deste mesmo grupo (desde a foto acima, reforçado com 6 crianças) lá para Setembro, em terras colombianas. Se é verdade que a brincadeira não sai barata e tudo à nossa volta diz que não é altura para grandes avarias, não é menos verdade que as oportunidades são para aproveitar e cheira-me que, uma vez mais, vamos decidir com o coração...
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