sábado, 21 de dezembro de 2013

Tradições de Natal

Quando eu era miúdo, a decoração natalícia lá de casa fazia-se por estes dias, à última hora (como quase tudo...). Não sei se era sempre assim, mas é assim que o recordo. Enquanto da cozinha já exalava o doce cheiro à fritura das rabanadas (aka fatias douradas) e ao cozer dos mexidos (aka formigos), a minha irmã tratava da decoração da sala e eu fingia que ajudava. A certeza que tenho é que no gira-discos tocava este disco do Coro Santo Amaro de Oeiras, que, além do clássico "A Todos Um Bom Natal" (que encerrava todos os Natais dos Hospitais), tinha outras pérolas como a lenda do "bom rei Venceslau", que leva comida e agasalhos a um pobre camponês, ou a da "bola-estrela" que a criança, farta de brinquedos de guerra, pede ao Menino Jesus.

Há uns anos atrás, na minha demanda revivalista de reconstituição do espólio em vinil, comprei esse CD, que agora apresentei à Luisinha e que tem tocado em modo repeat, nos últimos dias, em casa, no carro... De tal forma que a Luisinha já sabe metade das letras, e eu delicio-me a ouvi-la cantar "meu Jesuuus, sorri para mim" e desejo que este entusiasmo perdure nela o máximo que conseguirmos, e que secundarize os Pais Natais a cada esquina e a Popota (cada vez mais pó p*ta). Desejo-o para ela, mas também por mim, que facilmente me deixo levar pela voracidade dos presentes e me esqueço do que nos traz aqui. Claro que é óptimo dar e receber presentes, reunir a família e encher a pança de bacalhau e fritos, mas tudo isso passa; prefiro fundar a alegria n'Aquele que permanece. E, por muito simples que pareça, a Luisinha e o Coro de Santo Amaro de Oeiras ajudam-me nisso!
Presépio e arranjo estilo Waldorf :)

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