quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pequenas histórias de um dia normal

Estou numa paragem de Alcântara à espera do autocarro para a Baixa e encontro o Tomás, que conheci no sul da Bolívia. Só encontrei 3 portugueses em 2 meses de viagem, por isso a coincidência torna-se maior.
Vou às Finanças comprar um caderno de recibos verdes. Dirijo-me ao guichet da tesouraria, peço, dão-me, pago e a senhora pergunta: "quer recibo?" Isto NAS FINANÇAS!
Os alemães que vieram apoiar o Nuremberga (joga hoje com o Benfica) enchem a Baixa. Às 11 da manhã estão uns vinte sentados numa esplanada da Rua Augusta, cada um com uma caneca de 1 litro à frente. Nem eu tinha visto canecas daquele tamanho por estas bandas! Entro no café para comer e rio-me ao ver a fila enorme para a casa-de-banho. Pudera...
E ao longe vou ouvindo a harmónica deste senhor cego. Sempre a mesma música (tanananã-tarã), desde que a minha Mãe me trazia aqui às compras em pequeno...

3 comentários:

Maria Albino disse...

hehehe! lembro-me bem desse senhor da harmónica!...costumava imitá-lo em coro com o meu irmão jaime :)
e também me lembro das canecas de 1Litro ;) ...

Anónimo disse...

Realmente o Sr. Cego toca sempre a mesma música.
Quando trabalhei na baixa, passava de propósito na Rua Augusta só pra o ouvir, agora tenho saudades :(

Gostei do Blog! Parabéns!
Filipa Burguette

Anónimo disse...

... Chama-se Artur!
Toca essa harmónica desde sempre!
A vida foi muito madrasta com ele...

Costumo comprar-lhe castanhas no Inverno (uma dúzia todas as vezes que passo por ele)... No verão dou-lhe 2€... para que possa fazer o que quiser com eles...

É gentil no trato e educado... e como todos os pedintes, sente falta de atenção e de 2 dedos de conversa...

A música é sempre a mesma porque nunca aprendeu outra...

Chama-se Artur!!!

Um abraço
70s