Lá voltámos a visitar a cidade onde tudo começou. Foram 9 horas de viagem (porta a porta) à ida e outras tantas à vinda, para só estarmos lá 3 dias inteiros. Em cada dia, passámos mais tempo em transportes do que com os amigos que íamos visitar, sempre mais de 1 hora entre uma paragem e a seguinte, subir e descer as escadas do metro com o carrinho de bebé (ou, em alternativa, percursos intermináveis de autocarro), sempre a chegar a casa depois da meia-noite - uma canseira, portanto. Os bilhetes já não tinham sido baratos, depois tive de pagar outro tanto para alterar o voo de regresso (para não falhar uma oportunidade única que entretanto surgiu), e lá gastámos outro tanto - isto sem pagar alojamento, nem táxis, nem um único souvenir, nem praticamente comer fora. Londres é cara, ponto.
Mas se perguntam que valeu a pena, claro que valeu!Baptismo de voo do Manel |
Em primeiro lugar, o facto de termos ido os quatro e de, simbolicamente, ter sido a primeira viagem ao estrangeiro do Manel (embora ele nunca se vá lembrar). A Luísa já aproveitou melhor os programas, achou o máximo andar em todos os transportes, brincou com miúdos e graúdos. À chegada, quando lhe dissemos "aqui as pessoas falam inglês", ela respondeu-nos: "isto vai ser divertido!" E às vezes tentava fazer sons parecidos, a fingir que falava a língua.
Em segundo lugar, Londres é Londres. Por muito que não seja novidade para quem lá morou, por muito que não tenhamos posto o pé em nenhum dos principais pontos turísticos (confesso que foi estranho ir a Londres sem ver Trafalgar Square, Piccadilly Circus ou o mercado de Camden), por muito que o excesso de gente (quase sempre feia e antipática, permitam-me a sinceridade) em todo o lado canse, Londres tem sempre algo de monumental, de cosmopolita e de relaxado que me fascina. Cruzar uma ponte com vista para o Parlamento ou para os mais modernos arranha-céus, ver a cada esquina gente de todas as raças e feitios, e cada um poder andar como lhe apetecer sem que ninguém estranhe, são coisas de que tenho saudades. Disso e da variedade de "produtos étnicos" nos supermercados.
Brinde em casa da Nayan |
Depois, o reencontro com a Nayan e o seu mundo familiar. Foi ela que nos convenceu a ir, com o atractivo extra de estarmos também com o seu queridíssimo pai. No seu novo apartamento, um 12º andar com vista magnífica sobre toda a cidade, tivemos um serão espectacular e pusemos a conversa em dia. A dado momento, estávamos a comer iguarias indianas, ao som de António Zambujo e Ana Moura, a Luisinha a saltar de colo em colo - foi perfeito.
Foi também ocasião para outros bons reencontros. Com o Rui e a Maria João, com quem estamos mais vezes, foi especial partilhar os seus preparativos para o grande momento que aí vem. Com a minha antiga chefe Sue e com as antigas colegas da Maria no King's College Hospital. E com o meu amigo Braulio, com cuja filha Emilia a Luisinha se fartou de brincar. Infelizmente não deu para estarmos com metade das pessoas que gostaríamos, mas já sabíamos que ia ser apertado para mais.
Brunch de domingo em Chiswick |
Last but not least, os nossos anfitriões, Teté e João, trataram-nos muito bem! Depois de termos estado juntos um mês antes, no seu casamento, fomos das primeiras visitas na sua simpática casa nova e foi bom ver como estão felizes e, no meio da correria que foram estes dias, podermos sentir-nos em casa em sua casa. Muito obrigado aos dois!
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