Sábado tive o casamento da Joana e do Alex, o meu nono casamento em 2009. Um casamento original em vários aspectos: a escolha do dia de S. Tiago para a festa, já que ambos são peregrinos; a ementa sofisticada, em que os meus preferidos foram o gaspacho sólido, o crocante tandori e a tatin de maçã; e a substituição da tradicional oferta inútil para os convidados por uma contribuição para a campanha Agir Para Desenvolver.
Foi um prazer estar também envolvido na escolha dos cânticos e nos ensaios do coro. Oportunidade para acompanhar os últimos preparativos e a dedicação aí posta pelos noivos.
A Joana foi da minha turma do 7º ao 12º ano, para além de morarmos muito perto. Partilhávamos na altura o sonho de vir a ser jornalistas - ela seguiu-o e acompanha hoje os políticos com a camisola da Lusa, eu deixei-o em banho-maria e segui outros sonhos. Sem nunca nos perdermos o rasto, viemos a aproximarmo-nos mais já com o Alex na história, em óptimos serões de conversa à flor da pele na sua casa. Relatos de caminhadas (ou pedaladas) até Santiago que me fizeram reganhar a vontade de fazer o mesmo Caminho - será em 2010, ano Xacobeo?
Outra coisa boa dos casamentos são os reencontros. Neste caso com o João Ribeiro, que me deu aulas de Educação Visual quando eu tinha 12 anos. Mexeu e muito, não com o meu escasso (ou nulo) talento para as artes plásticas, mas sim com a minha forma de olhar o mundo e sentido de humor, de forma que ainda hoje sinto que lhe devo muito. Foi óptimo conversar sem tempo contado, trocar ideias sobre os projectos de cada um e trocar piadas, como sempre. E partilhar a conversa com o seu filho Duarte e a minha Maria. Acho que a cumplicidade transparece da fotografia. Também aqui, o rasto do caracol.
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